domingo, 23 de agosto de 2020

Dia 8 - Tuí à O Porriño

 Boa tarde à todos nossos leitores. Hoje, em edição extraordinária, as fotos do dia serão mostradas de trás para frente. Já selecionei as fotos três vezes, de frente para trás, pelo dia e de trás para frente e por alguma razão desconhecida (sempre funcionou antes) as fotos só estão aparecendo na ordem reversa que foram tiradas.
Ontem passamos a metade do caminho, pois completamos 137,45 km e a viagem total é para ser de 258 km. Hoje, chegamos ao total de 155,15 km, depois de andar mais 17,7 km das 08:00 às 15:00.

Aqui vai uma mensagem recebida com o meu cafezinho na hora da janta:

Hoje não haviam restaurantes ou bares no caminho. saímos cedo, às 08:00 e todas as padarias que passamos na frente estavam fechadas ainda. E fizemos o grande erro de esquecer de reencher as garrafas de água ontem à noite:
Lição do Caminho: Prepare-se se na noite anterior, não deixe para se preparar na manhã do dia, pois você pode se esquecer.

Porque não tivemos acesso quase à comida e bebida, com exceção do restaurante que paramos às 10:00 para tomar café, chegamos ao jantar com muita fome e pedimos muita comida, como sempre.
A Marlene pediu um prato do menu peregrino : salsichas, com batatas (não sabíamos que seriam fritas até que chegaram). Este menu custa 6,50€ e inclui uma bebida, sobremesa ou café. Bom é que sangria ou vinho é considerado como água aqui. Em geral, água custa 1,00 € e refrigerante 1,20 €.
Eu já pedi Lula à Romana e Croquetas, ambos descritos como tapas, mas que acabaram sendo muito grandes. Experimentamos as croquetas, mas acabamos trazendo o resto para o albergue para o café da manhã. Aqui neste albergue tem uma máquina de café, então vai dar tudo certo.
E aprendemos nossa lição: já temos água para amanhã.





Os passos hoje foram 27.329, o que quer dizer 17.7 km.


Este é o albergue que estaremos ficando para a noite. Hoje dormiremos em beliches individuais num quarto com 18 outras pessoas. São 23:00 e está bem quieto. por causa do Covid-19, só se pode dormir em cima ou embaixo (1/2 da ocupação). A Marlene está dormindo em cima somente porque somos da mesma família.


Até agora ainda não vi um rio poluído aqui na Espanha ou Portugal.
Impressionante!



Neste  ponto, pensei que teríamos de subir o poste, pois nunca antes vimos duas setas no mesmo poste.
E normalmente são para direita ou esquerda, nunca para cima como estás.


Outro dia de espaço mínimo em pontes, tendo de cruzar mais perto tráfego do que é seguro.




Vimos várias casas modernas feitas totalmente de pedra. Este é o muro de uma.


Hoje achamos uma parada com uma máquina de refrigerantes.
Paramos para refrescar pois o sol estava ardido. Eram umas 12:00.

Nesse momento só pensava nisso:

Minha barriga está vazia. Meus pés e pernas doem de ter andado mais de cem km, minhas costas doem de levar a mochila de 10 kgs, meus braços doem de trabalhar o cajado.
E o que é pior é, o que não dói, está quebrado e não funciona mais.


Aí, quase como resposta, damos alguns passos extras e vejam o que Deus nos dá ainda nesta Terra:


Estou começando a achar que aqui toda família faz seu próprio vinho.



Chegamos este lugar incrível, fresco de sombra no céu do meio do dia, com uma água tão limpa que dá gosto de ver. Córrego do Afolo.







Achamos uns pés de maracujá e kiwi hoje.
Aqui está uma flor de maracujá (ou como o alemães dizem: maracuiá).
Interessante que os espanhóis também trocam os sons, por exemplo : virxem ou xudeu.


Adivinhem quem tirou esta foto?





Hora da decisão:  1 km a mais e mais vegetação ou mais rápido e cruzar o polo industrial de O Porriño?
Decidimos por mais vegetação.






Ponte romana construída quando o tal do César (da salada) ainda estava vivo. 
a





A Marlene não pode ver uma cruz sem tirar fotos...


Algumas casas põe torneiras para fora  como esta, para dar água aos peregrinos.


Aqui foi o primeiro bar/restaurante que achamos hoje, onde tomamos café e fizemos nosso primeiro descanso do dia. No menu, Tostada com tomate moído e presunto espanhol ( jámon). E o café con leche, mais conhecido aqui como média de leche ou galão.
Se pedir galão, vem o mesmo café com leite, mas é servido numa taça de cristal.
Fiquei sabendo porque um dia pedi “média de leche” e na conta veio “galão “. Aí perguntei porque. Me explicaram a diferença e que era o mesmo preço, 1,20 €.
E compramos água.


Aqui comemos Empanadas de espinafre e choriço e de cogumelos.


Continuamos a andar e logo depois chegamos ao Café Fonte das Febres.



De repente, começamos a ouvir o tema Carruagens de Fogo tocada em gaita de foles.
Realmente? Ou estaríamos delirando de sede?
Sim, no meio da floresta. Escutem se não são gaitas de fole...



Logo depois chegamos antes de uma ponte, onde haviam dois gaiteiros tocando gaita de fole sem parar.
tinham a caixa de instrumento aberta para doações e claro, todo mundo que passava doava algo.
Tiramos uma foto com eles no fundo.


Pelo menos, parece que estamos no caminho certo.



Após  1,5 horas andando, foi neste ponto que notamos que esquecemos de re-encher as garrafas de água.
Também foi neste ponto que os sinais nos disseram para sair da rua pavimentada para uma trilha na floresta.







Parece que iremos tomar estrada Romana hoje para Santiago.



Aqui na Espanha, o Caminho oficial será indicado por estes marcos que também tem a distância oficial para Santiago de Compostela.



Fim da cidade. Aqui começa a aventura hoje.



Achei os detalhes desse porta dignos de recordação.




Esta é a frente do nosso albergue onde ficamos ontem.








Um comentário:

  1. we loved the bagpipes in the woods! such a beautiful trail thru the lush forests. glad you had a great day. the maps help us follow you hiking pilgrims.

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