O dia hoje começou em Esposende, onde o hostel era bom, a comida e bebida incríveis mas não deu para ver muito da cidade já que ontem só aguentamos andar umas duas quadras perto do albergue.
Hoje será um desafio: 25 km, o trecho diário mais longo da viagem e a expectativa é chuva o dia todo com exceção de uma hora começando às 13:00.
De café da manhã , o plano era ir ao Mercado Municipal e tomar café por lá.
De acordo com a internet, o mercado abriria às 7:00, mas chegamos lá às 08:15 e às lojas não estavam nem abertas. O plano B acabou sendo comprar pão, presunto, queijo, leite com chocolate e um suco de pêssego. Sem lugar para sentar, sentamos numa pracinha ventosa e tivemos de comer lá.
Até sair da cidade de Espisende, o passeio era largo é bem arrumado.
Mas logo acabaram-se os confortos do caminho.
Hoje foi o dia de trilhas medievais. Pedras irregulares que machucam os pés, quando não era poças d’água e lama. A parte da manhã não rendeu.
Até cobra encontramos, mas ainda bem que um carro já tinha tomado conta dela.
Paramos para almoçar tarde, já eram às 14:00. A chuva não parou às 13:00. Acabamos ficando no restaurante uma hora, nosso almoço mais longo.
Eu deveria ter tirado o tênis durante a refeição, pois teria ajudado a secar a meia talvez, porque os tênis já estavam encharcados lá pelas 10:00.
Pelo menos a comida foi ótima: Arroz com Lagavante. Muito gostoso, mas muito trabalhoso para tirar as carninhas de todo canto da lagosta. Perguntei e me disseram que é lagosta local. É exatamente como a dos EUA.
Quando saímos do restaurante Paradise, notamos que as ruas estavam secas. A chuva realmente parou por uma hora. Assim que começamos a andar, ela voltou com ânimo reforçado e trouxe o amigo vento de todos os lados.
Depois do almoço andamos por umas ruelas e travessas que com certeza os peregrinos da idade média também andaram.
Quando finalmente voltamos á civilização, a pista que seguíamos não tinha calçadas, então tínhamos de andar na beira da estrada com carros e caminhões passando a 50 cms da gente a 50 km/h. Finalmente chegamos a uma área onde a pista estava sendo duplicada, aí andamos pela calçada inacabada e finalmente pelas obras. Dica, em obras. Sempre ande on estão as marcas de onde o trator passou. O resto é muito fofo.
Mas perseveramos e acabamos chegando quase às 19:00 no albergue de hoje, onde a Marlene pode finalmente furar a bolha no meu pé esquerdo. Espero que isso me permita continuar amanhã, pois serão mais 19 km.
Aqui estamos cruzando Rio Lima, que é impressionantemente largo. Depois da ponte, é Viana do Castelo.
A passagem de pedestre nessa ponte só esta aberta em um lado e quase não dá para passar duas pessoas lado a lado. Quando tinha gente vindo de Viana. Tivemos que nos espremer contra o parapeito para eles pudessem passar.
Uau!
Não é a tôa que fiquei com bolha.
Olhe como ficou a palmilha do meu tênis!
E também torçam por nós para que minhas roupas sequem. Embora minha mochila tenha uma capa de proteção de chuvas, tudo ficou molhado ou úmido hoje. A chuva estava forte e o vento ficava vindo de todos os lados. Estamos muito cansados, então a janta vai ser um pacote de frutas secas (manga e abacaxi) e nozes que trouxemos como snack. Vai ajudar a ter menos peso a carregar amanhã também.
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